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"Margarida:
[i] - À confissão, à missa, não te vejo.
Não crês então? [/i]
Fausto:
[i]-Comprehende bem, meu doce coração!
Quem o pode nomear?
Quem professar:
Eu creio nelle?
Quem conceber
E ousar dizer:
Não creio nelle?
Elle, do todo abrangedor,
O universal sustentador,
Não abrange e não sustem elle
A ti, a mim, como a si proprio?
Lá no alto não se arqueia o céo?
Não jaz a terra aqui embaixo, firme?
E em brilho suave não se elevam
Perennes astros para o alto?
Não fita o meu olhar o teu,
E não penetra tudo
Ao coração e ao juizo teu,
E obra invisivel, em mysterio eterno,
Visivelmente ao lado teu?
Disso enche o coração, até o extremo.
E quando transbordar de um extase supremo,
Então nomeia-o como queiras,
Ventura! amor! coração! Deus!
Não tenho nome para tal!
O sentimento é tudo;
Nome é vapor e som,
Nublando ardor celeste."[/i]
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