quinta-feira, 2 de julho de 2009

A Tilia (Schubert- Fischer Dieskau)

(pintura de Baluschek)


Der Lindenbaum
(Wilhelm Muller)

Am Brunnen vor dem Tore
Da steht ein Lindenbaum;
Ich träumt' in seinem Schatten
So manchen süßen Traum.

Ich schnitt in seine Rinde
So manches liebe Wort;
Es zog in Freud' und Leide
Zu ihm mich immer fort.

Ich mußt' auch heute wandern
Vorbei in tiefer Nacht,
Da hab' ich noch im Dunkeln
Die Augen zugemacht.

Und seine Zweige rauschten,
Als riefen sie mir zu:
Komm her zu mir, Geselle,
Hier find'st du deine Ruh' !

Die kalten Winde bliesen
Mir grad' ins Angesicht;
Der Hut flog mir vom Kopfe,
Ich wendete mich nicht.

Nun bin ich manche Stunde
Entfernt von jenem Ort,
Und immer hör' ich's rauschen:
Du fändest Ruhe dort !



Tradução:

Tília

Junto ao poço do portão
se ergue uma tília;
quantos sonhos doces
embalei à sua sombra.

Em seu tronco gravei
muitas palavras de amor;
na dor e na alegria
para ela sempre corri.

Hoje passei por ela
em meio à noite profunda
e mesmo na escuridão
tive que fechar os olhos.

E seus galhos sussurravam
como se me chamassem:
"Venha para cá, amigo,
aqui encontrará a paz".

Os ventos frios sopravam
bem em minha face,
o chapéu me voou da cabeça,
mas não me voltei para trás.

Agora estou há muitas horas
de distância daquele lugar
mas continuo ouvindo o sussurrar:
"Aqui você encontrará a paz !"


Interpretação de Fischer-Dieskau:


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