terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Péricles Eugênio da S. Ramos

Dezessete horas



Arde a tarde, 
nua. 

Nua como um rosto, 
nua como um seio 
no ar. 



Há um rumor 
nos troncos 
maduros de mel. 

Zumbe a noite 

(a noite? A noite), 

zumbe a noite, 
opaca. Misteriosa. Indevassável. 

Próxima.

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